sexta-feira, 31 de outubro de 2008

HÁ RELEVÂNCIA EM NOSSO TRABALHO?

Meus prezados,
recebi este questionamento não diretamente a mim, mas foi como se fosse, pois até hoje estou me analisando e analisando também o trabalho que fazemos como igreja, o que sinceramente pelo foco que farei vir à tona da pergunta, é pouco profícuo...
O foco da pergunta é se geramos cidadania em nossos atos como instituição da sociedade, que mesmo quando dizemos "que não estamos nela", estamos inseridos nela e se espera que atenuemos a maldade que impera na mesma.
Afirmo que não, pois simplesmente dar cestas básicas não é gerar cidadania, simplesmente como fazemos em sinais, damos um trocado e pronto...
Aquela velha frase de que "devemos ensinar as pessoas a pescar, e não simplesmente dar o peixe", ficou velha mesmo!
Vemos somente uma preocupação hoje em dia, é ampliar a quantidade de membros, seja a que custo for, comprar templos maiores, para ampliarmos mais ainda a quantidade de membros, para se faturar mais ainda, e por desencargo de consciência distribuem cestas básicas, fazem doações a pessoas de vez em quando...
Será que o que se investe em templos fosse investido em cursos profissionalizantes, cooperativas, ong's (sérias, sem objetivos ruins), consultorias para as pessoas tirarem documentos, construir-se locais como centro sociais onde poderia-se abrigar estes serviços, e outros como advogados voluntários, médicos, dentistas voluntários, onde dariam expediente com a estrutura de consultórios montada nestes locais, e é claro com a estrutura da igreja montada por trás disto, sem objetivos políticos, sem depender de ninguém, um vôo solo, pois somos o único órgão que pode isto...
Estaremos resgatando cidadania, não dando esmola, resgatando a imagem arranhada da igreja e glorificando o nome do Senhor!!
E quem disser que isto não é espiritual que me explique que desde quando cuidar das "viúvas e dos pobres (de espírito ou de posses) é "menos" espiritual que estar fechado na igreja falando em línguas e "apenas" gritando "glória a Deus", ouvindo pregações e não pregando...
Devemos aproveitar a vocação de cada um da igreja, sejamos uma corpo de discípulos que aplicam o discipulado em suas vocações, que o médico seja o "médico cristão", que o advogado seja o "advogado cristão", e mais ainda, que o cristão seja realmente o "cristão cristão", que não seja um "crentino" hipócrita, mas para isto tudo deve se mudar a mentalidade do discipulado da igreja, este molde de hoje não prepara discípulos para exercer o cristianismo em suas vocações, simplesmente está gerando "empregados para a igreja", pessoas que exerçam funções para a igreja e não para o Reino...
Pensemos sobre isto, e que possamos realmente ser exemplos em nossa sociedade e paremos de dar maus testemunhos, pois que alguém hoje possa responder de forma diferente o que Gandhi respondeu aos cristãos quando os mesmos perguntaram a ele se ele acreditava em Cristo, e o mesmo respondeu:
_" NO CRISTO EU ACREDITO, MAS NO CRISTIANISMO DE VOCÊS EU NÃO CREIO..."


Um abração e que Deus nos renove o progridamos!!

Um comentário:

Elias Aguiar disse...

Pois é, Paulão.

Questões importantes!

Costumo dizer que as ONG's se multiplicaram, na inércia da
"ONG original": a igreja...

Abraço fraterno,
Elias Aguiar